Amigos da Liberdade da Alma

segunda-feira, 1 de março de 2010

O FASCÍNIO DE LISBOA

| Por:Raquel Crusoé Loures de Macedo Meira

Por muito tempo, não sei porque, sonhava sempre com Londres, Paris, Roma . Amsterdan...

Enquanto isto, Lisboa, cheia de encantos e belezas, cantada em versos e em prosa, sempre ficava para a próxima viagem.

Ah que tempo perdido ...

Mas quando a conhecí, foi amor à primeira vista, valeu a espera !

De repente, nesta última viagem, deixei–me envolver por esta cidade maravilhosa, com os seus mais de 800 anos de cultura e, o caminhar por esta história que é também nossa, despertou em mim, sentimentos e emoções tal e qual quando se chega à casa dos pais, depois de anos e anos de ausência.

Impossível descrever, a emoção me conduziu a senti-la e a descobri-la. A hospitalidade, o carinho, a boa vontade, a gentileza do lisboeta (ou alfacinha ) se faz presente já no aeroporto. Estava em casa e aquela forma de se falar o português, tão encantadora, parecia música aos meus ouvidos.

Sim, realmente música da mais alta qualidade... um poema em forma de canção ...foi esta a sensação que senti em todo o período que pude desfrutar desta terra, talvez misteriosa para outros estrangeiros, porém afável e aberta para esta brasileirinha que sentia necessidade de se beliscar a cada momento para ter a certeza de que tudo não passava de um sonho.

Ressurgida das cinzas do terremoto de 1755, tal e qual Fênix, reergueu-se renascida dos escombros e, esta mescla, novo – antigo, clássica - moderna , fascina a cada escultura em pedra com motivos marítimos.O estilo manoelino , tendo como substrato o gótico é realmente encantador nos seus inúmeros monumentos.

Sim, agora entendo porque o Tejo,o lendário Rio Tagus foi celebrado por Luís de Camões nos Lusíadas, ao homenagear a mulher de Lisboa e, me perdoem as lisboetas... me senti também homenageada, tal a intensidade das emoções sentidas nesta terra além – mar, neste verdadeiro “ jardim da Europa à beira-mar plantado.”